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Retinoblastoma: O que é, Causas, Sintomas, Diagnóstico e Tratamento

O retinoblastoma é um câncer raro que se origina nas células da retina, a parte do olho responsável pela percepção de luz e pela visão. Ele geralmente afeta crianças pequenas, sendo o tipo de câncer ocular mais comum em crianças. Embora seja uma condição grave, o retinoblastoma tem um bom prognóstico quando detectado e tratado precocemente.


🔍 O que é o Retinoblastoma?

O retinoblastoma é um tumor maligno que se desenvolve nas células da retina, a camada sensível à luz localizada no fundo do olho. Ele pode afetar um ou ambos os olhos, e sua principal característica é o crescimento anormal de células da retina, o que pode levar a danos visuais severos se não tratado.

Este câncer é causado por uma mutação nos genes que controlam o crescimento celular. Em muitas situações, o retinoblastoma é hereditário, transmitido de geração para geração, mas também pode ocorrer de forma espontânea.


💡 Causas do Retinoblastoma

A principal causa do retinoblastoma é a mutação genética. Existe uma forma hereditária e uma forma não hereditária do câncer:

  • Forma Hereditária: Quando a mutação genética é passada de um dos pais para a criança, aumenta o risco de desenvolvimento de retinoblastoma. As crianças com esta forma frequentemente têm um maior risco de desenvolver câncer em ambos os olhos e de apresentar tumores mais agressivos.
  • Forma Espontânea: Em cerca de 60% dos casos, o retinoblastoma ocorre de forma espontânea, sem histórico familiar da doença. Nessa forma, a mutação genética acontece durante o desenvolvimento do feto.

A mutação ocorre no gene RB1, localizado no cromossomo 13, que é responsável por regular o crescimento e a divisão celular da retina. Quando há uma falha nesse gene, as células da retina começam a crescer de forma descontrolada, resultando no câncer.


👁️ Sintomas do Retinoblastoma

Os sintomas do retinoblastoma podem variar dependendo da gravidade e da localização do tumor. No entanto, alguns dos sinais mais comuns incluem:

1. Reflexo branco na pupila (Leucocoria)

É o sinal mais característico do retinoblastoma. A pupila do olho afetado pode aparecer branca, especialmente quando a criança é fotografada com flash. Isso ocorre devido ao reflexo da luz na parte de trás do olho afetado pelo tumor.

2. Estrabismo (olho torto)

O estrabismo, ou desvio dos olhos, é um sintoma comum do retinoblastoma, pois o tumor pode afetar o movimento dos músculos oculares.

3. Visão prejudicada

A criança pode começar a ter dificuldades para enxergar objetos ou pode se queixar de visão embaçada, especialmente se o tumor estiver bloqueando a retina.

4. Vermelhidão nos olhos

O olho afetado pode apresentar vermelhidão devido à irritação causada pelo tumor ou sangramento interno.

5. Dor nos olhos

Embora nem sempre esteja presente, a dor ocular pode ocorrer se o tumor crescer e pressionar outras estruturas do olho.

6. Inchaço ao redor dos olhos

Em casos avançados, o olho pode se tornar visivelmente maior devido ao crescimento do tumor ou à pressão causada pelo acúmulo de líquido.


🩺 Diagnóstico do Retinoblastoma

O diagnóstico precoce do retinoblastoma é crucial para o sucesso do tratamento. Alguns dos exames utilizados para diagnosticar o retinoblastoma incluem:

1. Exame oftalmológico

O oftalmologista pode observar sinais de retinoblastoma durante um exame ocular detalhado. O reflexo branco na pupila (leucocoria) é um dos sinais mais reveladores.

2. Ultrassonografia ocular

Este exame de imagem é usado para visualizar a retina e a estrutura interna do olho, permitindo detectar a presença de tumores.

3. Fundoscopia

A fundoscopia é uma técnica de exame de fundo de olho que permite observar a retina diretamente, facilitando a identificação de tumores.

4. Ressonância magnética (RM) ou Tomografia Computadorizada (TC)

Esses exames são usados para obter imagens detalhadas do olho e de outras partes da cabeça, ajudando a verificar a extensão do tumor e a presença de possíveis metástases.

5. Exames genéticos

No caso de retinoblastoma hereditário, os exames genéticos podem ser realizados para identificar a mutação no gene RB1.


💉 Tratamento do Retinoblastoma

O tratamento do retinoblastoma depende do tamanho e da localização do tumor, bem como se o câncer está restrito ao olho ou se se espalhou para outras partes do corpo. As principais opções de tratamento incluem:

1. Quimioterapia

A quimioterapia é frequentemente usada para encolher o tumor, principalmente nos casos em que o retinoblastoma afeta ambos os olhos ou em que a remoção do tumor por cirurgia não é possível.

2. Cirurgia

Em casos em que o tumor é localizado em apenas um olho e não pode ser tratado de outra forma, a remoção do olho afetado (enucleação) pode ser necessária para impedir a disseminação do câncer.

3. Terapia a laser

O uso de laser pode ser utilizado para destruir células tumorais localizadas na retina. Esta técnica é mais eficaz em tumores menores e localizados.

4. Crioterapia

A crioterapia é uma técnica que usa temperaturas extremamente baixas para congelar e destruir as células tumorais da retina.

5. Radioterapia

Em casos mais avançados, ou quando o tumor não pode ser removido com cirurgia ou outras terapias, a radioterapia pode ser utilizada para destruir o tumor.

6. Terapia com fotocoagulação

Semelhante ao laser, a fotocoagulação usa luz intensa para destruir o tumor localizado.


🔚 Prognóstico do Retinoblastoma

O prognóstico do retinoblastoma depende de vários fatores, incluindo o estágio do câncer no momento do diagnóstico, a localização do tumor e a resposta ao tratamento. Quando detectado precocemente e tratado adequadamente, a taxa de cura do retinoblastoma é alta. No entanto, em casos avançados ou com metástase, o prognóstico pode ser mais reservado.

Além disso, crianças com retinoblastoma hereditário correm um risco maior de desenvolver outros tipos de câncer, por isso, o acompanhamento a longo prazo é fundamental.


🛑 Considerações Finais

O retinoblastoma é uma condição grave que afeta principalmente crianças, mas com o diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível salvar a vida da criança e, em muitos casos, preservar a visão. O acompanhamento médico constante e a vigilância ao longo da vida são essenciais para monitorar a saúde ocular e prevenir complicações futuras.